segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Guarda-Redes e o Futebol Moderno

Tal como a sociedade, o Futebol tem evoluído ao longo da sua história. À semelhança das outras modalidades desportivas colectivas, esta evolução atingiu, nos últimos anos, níveis muito acentuados devido ao desenvolvimento verificado nos diferentes factores que influenciam o rendimento no Futebol (Esteves, 2000).
    Para Cabezon (2001), um dos factores que mais influência o rendimento do Guarda-redes é o quadro regulamentar a que este está sujeito, isto é, as leis do jogo. As alterações a que as leis de jogo, referentes ao Guarda-redes, tem sido sujeitas atribuíram ao Guarda-redes mais responsabilidades e obrigações, contudo provocaram uma maior limitação na possibilidades de actuar do Guarda-redes.
    O Futebol de hoje, o denominado "Futebol moderno", teve a sua origem em Inglaterra no ano de 1863, contudo só em 1871 surge no código das leis de jogo a primeira referência ao Guarda-redes, sendo que durante estes anos a defesa da baliza era feita por qualquer dos jogadores intervenientes. A partir de 1912 o Guarda-redes deixou de poder jogar a bola com os membros superiores fora da área de protecção dos atacantes (Esteves, 2000).
    A regra dos quatros passos foi implementada mais tarde, por volta de 1991 (Cabezon, 2001). Em 1997 o Guarda-redes foi proibido de jogar a bola com as mãos quando esta é devolvida por algum dos companheiros com qualquer superfície corporal abaixo do joelho ou lançamento de linha lateral (Esteves, 2000)
    De acordo com Esteves (2000) estas alterações que o Futebol moderno sofreu, foram com o intuito de melhorar a qualidade de jogo, através do incremento do ritmo que é disputado.
    Segundo Cabezon (1997), os problemas técnico - táctico que as novas regras de jogo impõem, exigem um tipo de Guarda-redes, em que a única missão não seja impedir o golo permanecendo entre os postes mas também que seja capaz de intervir na fase de ataque.
    Cabezon (1997) refere ainda que, o Guarda-redes moderno está obrigado a intervir no plano técnico - táctica e na organização geral da equipa quer no ataque, quer na defesa. Esta intervenção faz-se, por exemplo, com a solicitação frequente do jogo de pés (quando os seus companheiros se encontram pressionados pelo adversário) ou jogando como libero (dando profundidade ao sector defensivo).
    Perante este cenário, o Guarda-redes moderno terá de se adaptar, alterando os seus hábitos e apostar numa formação que vá de encontro às exigências das tarefas e funções que desempenha no Futebol moderno (Cabezon, 1997).

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